Cães que salvam vidas - Parte 3

Padrões dos cães de busca e resgate


Foto cedida Emergency Service Detail
Os padrões dos Estados Unidos para equipes de busca e resgate são os padrões de certificação FEMA (Agência Federal Americana para o Tratamento de Emergências) para trabalho em desastres urbanos, os quais são muito difíceis de cumprir. Em "The Art of Heroism" (A Arte do Heroísmo), Wilma Melville, presidente e fundadora da National Disaster Search Dog Foundation (Fundação Nacional de Cães de Busca para Desastres) e membro de uma unidade de busca e resgate da FEMA, na Califórnia, explica, "A busca em áreas amplas e desabitadas representa uma atmosfera amigável para os cães. Mas na busca e resgate urbanos, eles trabalham em ambientes artificiais, no meio de embrulho, tubulações, coisas minúsculas". Menos de 100 equipes de cães/treinadores no país têm o certificado FEMA. As organizações de busca e resgate locais têm seus próprios padrões para a qualificação de "apto para missão", geralmente baseados em diretrizes desenvolvidas por organizações como aAmerican Rescue Dog Association - Associação Americana de Cães de Resgate e a Associação Nacional para Busca e Resgate .
No Brasil
A Associação de Busca, Resgate e Salvamento com Cães do Brasil é a referência em treinamento de cães de resgate. Ela é a associada à Organização Internacional de Cães de Resgate.
A Equipe de Busca e Resgate K-9 localizada em Dolores, Colorado, define três níveis de habilidade básicos. Para se tornar operacional com esse grupo, um cão de busca e resgate deve ser aprovado em cada nível de teste.

Nível I: obediência básica
O nível I abrange comandos básicos e temperamento do cão. Para passar nesse grupo de habilidades, o cão precisa se sentir confortável com estranhos não-ameaçadores e outros cães, prestar atenção ao treinador enquanto caminha com uma coleira solta, andar no meio de uma multidão e entre distrações sem perder o foco e obedecer aos comandos básicos como "senta", "deita", "rola", "fica" e "venha".

Teste: enquanto o treinador está andando com o cão com uma coleira solta, eles encontram uma distração visual e uma auditiva, como uma pessoa correndo em frente ao cão e o barulho de uma porta batendo. O cão pode se assustar ligeiramente, mas ele não deve entrar em pânico, latir ou tentar fugir.


Nível II: profissionalismo canino
O nível II testa o que a Equipe de Busca e Resgate K-9 chama de "profissionalismo canino". O cão obedece consistentemente aos comandos básicos e às combinações de comando e não se estressa quando se separa do treinador. Passar nesse nível significa que o cão pode trabalhar efetivamente com outro treinadores, se necessário.

Teste: o treinador deixa seu cão em um grupo de cães de busca sob o cuidado de outro treinador. Ele coloca seu cão em uma posição de "sentado" ou "deitado" e ordena ao cão para "esperar". O treinador então se afasta pelo menos 9 metros, até onde o cão não pode vê-lo. Muitos treinadores então assumem uma posição de vigilância, observando todos os cães. Isso dura, pelo menos, 15 minutos. Cada cão deve permanecer na posição "sentado" ou "deitado" sem qualquer comando adicional até a volta de seu treinador.


Nível III: habilidade física e mental


Foto cedida Busca e Resgate 911BC K9
Cão de busca e resgate e seu treinador fazendo rapell para descer
Os níveis I e II testam a obediência necessária em uma situação de busca. O nível III aborda os rigores físicos e mentais do trabalho. O cão sabe lidar com as condições e expectativas de busca e resgate?

Para passar desse nível, o cão deve andar através de um túnel, subir uma estrutura em forma de A com uma inclinação mínima de 45° em cada lado, entrar em uma pá de retroescavadeira com seu treinador e ser içado a, pelo menos, 3 metros sem tentar pular e sentar-se em um carrinho puxado por um ATV ou snowmobile (veículo para andar sobre a neve) sem tentar pular. Ele também viaja em um barco sem tentar pular, se aproxima de um helicóptero sem demonstrar medo e aceita ser içado no ar enquanto usa um peitoral.


Rastreamento
A equipe de busca e resgate K-9 tem padrões adicionais para cães de restreamento: o nível III é o rastreamento em áreas amplas e desabitadas, o nível II é o rastreamento suburbano e o nível I é o rastreamento urbano. A qualificação para o rastreamento urbano envolve o teste abaixo.

Uma pessoa (o alvo) deixa um rastro de 500 metros a 1,5 quilômetro (se move de um ponto até o outro) em uma área da cidade altamente populosa e com tráfego intenso. O alvo cruza pelo menos duas interseções, realiza pelo menos três giros em ângulo reto, desce duas quadras de becos e deixa um item com cheiro em um beco. Assim que o alvo deixa a trilha, outra pessoa cruza a trilha em pelo menos um lugar acrescentando outra trilha de cheiro para enganar o cão. Trinta minutos após o alvo estar em sua posição final, o treinador coloca o cão na trilha de cheiro. O cão deve completar a trilha (encontrar o alvo) em menos tempo do que o alvo levou para criar a trilha. O cão enfrenta distrações durante todo o teste, incluindo cães e gatos soltos, outras equipes de busca e resgate e maquinário pesado em funcionamento, além de confrontar obstáculos, incluindo cercas de arame farpado e paredes de tijolos que o cão deve superar desviando-se deles (ou pulando sobre eles) para permanecer na trilha.

Um cão e seu treinador precisam treinar muito para passar nos padrões de qualificação do trabalho de busca e resgate. O treinamento inicia-se quando o treinador identifica a recompensa ideal para o cão. Geralmente ela é muito fácil de descobrir.



Continua...




Fonte: http://pessoas.hsw.uol.com.br/caes-de-resgate3.htm

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